E continuo achando, que um bom café e um estonteante livro...
São excelentes remédios contra o tédio.
terça-feira, 21 de maio de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
sábado, 18 de maio de 2013
Eu tenho medo!
Escrevo isso e choro. Porque quero tanto e não quero tanto. Porque se acabar
morro.Porque se não acabar morro. Porque sempre levo um susto quando te vejo e
me pergunto como é que fiquei todos esses anos sem te ver. Porque você me entedia
e dai eu desvio o rosto um segundo e já não aguento de saudade. E descubro que
não é tédio mas sim cansaço porque amar é uma maratona no sol e sem água. E ainda
assim, é a única sombra e água fresca que existe. Mas e se no primeiro passo eu
me quebrar inteira? E se eu forçar e acabar pra sempre sem conseguir andar de
novo? Eu tenho medo que você seja um caminhão de luz que me esmague e me cegue na
frente de todo mundo. Eu tenho medo de ser um saquinho frágil de bolinhas de
gude e de você me abrir. E minhas bolhinhas correrem cada uma para um canto do
mundo. E entrarem pelas valetas do universo. E eu nunca mais conseguir me juntar
do jeito que sou agora. Eu tenho medo de você abrir o espartilho superficial que
aperto todos os dias para me manter ereta, firme e irônica. Minha angústia
particular que me faz parecer segura. Eu tenho medo de você melhorar minha vida
de um jeito que eu nunca mais possa me ajeitar, confortável, em minhas
reclamações. Eu tenho medo da minha cabeça rolar, dos meus braços se
desprenderem, do meu estômago sair pelos olhos. Eu tenho medo de deixar
de ser filha, de deixar de ser amiga, de deixar de ser menina, de deixar de ser
estranha, de deixar de ser sozinha, de deixar de ser triste, de deixar de ser
cínica. Eu tenho muito medo de deixar de ser.
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